Postado dia agosto 27, 2018 por Caio Sandoval Toyoda
Nos dias 16 e 17 de agosto, o setor de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o grupo de estudos Grupo de Estudos de Zoonoses (GEZO) da Faculdade Dr. Francisco Maeda/FE realizou a Semana de Prevenção da Leishmaniose Visceral nas Estratégias de Saúde da Família do município.
A ação teve a participação de treze alunos do curso de Medicina Veterinária, que orientaram sobre a doença, cuidados e prevenção, e foi coordenada pela Diretora de Vigilância em Saúde, Suseli de Oliveira Vieira, pela Profissional de Informação, Educação e Comunicação Jéssica Cristina Caretta Teixeira, e pelo docente da Faculdade Dr. Francisco Maeda, Romeu Moreira dos Santos.
Entenda a doença
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose, é causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada de fêmeas do inseto infectado, no Brasil o principal vetor do protozoário é o Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como “mosquito-palha” ou “birigui”.
O “mosquito-palha” é um inseto pequeno e de cor clara, que vive preferencialmente em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de matéria orgânica, as fêmeas se alimentam de sangue no final da tarde e início da noite. A doença não é contagiosa, ou seja, não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra ou pelo cão, a transmissão é feita pelo mosquito ao sugar o sangue de uma pessoa ou animal infectado, transmitindo o protozoário para outros indivíduos através da picada.
Na área urbana, o cão afetado pelo protozoário é a principal fonte de infecção para o mosquito, devido a sua proximidade com o ser humano. No animal, os principais sinais da doença são: emagrecimento e desnutrição, queda de pêlos, crescimento exagerado das unhas e lesões na pele. Já no ser humano, são observados: emagrecimento, febre de longa duração, fraqueza palidez, inchaço do baço e/ou fígado, entre outros. A doença se não tratada corretamente, pode levar o indivíduo a morte.
Mesmo sendo uma doença grave, a Leishmaniose Visceral possui tratamento gratuito em humanos, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
A prevenção é essencial, sendo fundamental o apoio da população para o combate da doença, principalmente em ações de higiene ambiental, como a limpeza dos quintais, retirando matéria orgânica em decomposição que favoreçam a umidade do solo (fezes de animais, folhas, frutos, entre outros), armazenar de forma adequada o lixo orgânico, dando ao mesmo uma destinação correta e higienização dos abrigos de animais domésticos. Algumas outras medidas também são essenciais, principalmente em áreas com grande número de casos, como: uso de inseticidas e repelentes, colocar telas nas janelas. Os cuidados com os cães são de extrema importância para a prevenção e controle da Leishmaniose Visceral, adotando ações de precaução como: uso coleira ou outros produtos repelentes específicos para cães, limpeza e higiene periódica do abrigo ou canil, não permitir que os animais fiquem soltos na rua e evitar passeios nos horários onde o mosquito costuma estar em atividade (final da tarde e início da noite), evitando que o animal se torne um portador do protozoário.
A prefeita Adriana Quireza Jacob Lima Machado falou sobre a atividade. “A leishmaniose é uma doença grave e, por isso, é fundamental a conscientização de toda a população sobre os sintomas, métodos de prevenção e tratamento dessa doença. Parabéns a Vigilância em Saúde e ao GEZO pela iniciativa”, declara a prefeita.