Postado dia agosto 14, 2017 por administrador
No último dia 08, terça-feira, foi realizado no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo o “V Fórum de Leishmaniose Visceral do Estado de São Paulo”, que reuniu cerca de duzentas pessoas. O município foi representado pelo Diretor de Vigilância em Saúde, Cleber Jacob Silva de Paula, pela Profissional de Informação, Educação e Comunicação Jéssica Cristina Caretta Teixeira e a estagiária Mariana Estorino Moreno.
No encontro, organizado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, foi abordado epidemiologia, clínica, tratamento e medidas de prevenção da doença. Durante toda a semana, a Vigilância em Saúde desenvolverá ações informativas nas Unidades de Saúde, alertando a população.
Entenda a doença
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose que é causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada de fêmeas do inseto infectado, no Brasil o principal vetor do protozoário é o Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como “mosquito-palha” ou “birigui”.
O “mosquito-palha” é um inseto pequeno e de cor clara, que vive preferencialmente em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de matéria orgânica, as fêmeas se alimentam de sangue no final da tarde e início da noite. A doença não é contagiosa, ou seja, não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra ou pelo cão, a transmissão é feita pelo mosquito ao sugar o sangue de uma pessoa ou animal infectado, transmitindo o protozoário para outros indivíduos através da picada.
Na área urbana, o cão afetado pelo protozoário é a principal fonte de infecção para o mosquito, devido a sua proximidade com o ser humano. No animal, os principais sinais da doença são: emagrecimento e desnutrição, queda de pêlos, crescimento exagerado das unhas e lesões na pele. Já no ser humano, são observados: emagrecimento, febre de longa duração, fraqueza, palidez, inchaço do baço e/ou fígado, entre outros. A doença se não tratada corretamente, pode levar o indivíduo a morte.
Mesmo sendo uma doença grave, a Leishmaniose Visceral possui tratamento gratuito em humanos, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
A prevenção é essencial, sendo fundamental o apoio da população para o combate da doença, principalmente em ações de higiene ambiental, como a limpeza dos quintais, retirando matéria orgânica em decomposição que favoreçam a umidade do solo (fezes de animais, folhas, frutos, entre outros), armazenar de forma adequada o lixo orgânico, dando ao mesmo uma destinação correta e higienização dos abrigos de animais domésticos.
Algumas outras medidas também são essenciais, principalmente em áreas com grande número de casos, como: uso de inseticidas e repelentes, colocar telas nas janelas. Os cuidados com os cães são de extrema importância para a prevenção e controle da Leishmaniose Visceral, adotando ações de precaução como: uso coleira ou outros produtos repelentes específicos para cães, limpeza e higiene periódica do abrigo ou canil, não permitir que os animais fiquem soltos na rua e evitar passeios nos horários onde o mosquito costuma estar em atividade (final da tarde e início da noite), evitando que o animal se torne um portador do protozoário.
O secretário de Saúde, Dr. Alcides Antônio Maciel Júnior falou sobre a Leishmaniose. “Fizemos um trabalho de conscientização em todas as Unidades de Saúde do município. A Leishmaniose é uma doença séria e, portanto, é essencial que a população siga a risca as recomendações de prevenção”, finaliza o secretário.